Os puros espíritos Revista Espírita, outubro de 1860
(Médium, senhora Costel.)
Os puros Espíritos são aqueles que,
chegados ao mais alto grau de perfeição, são julgados dignos de serem
admitidos aos pés de Deus. O esplendor infinito que os rodeia, não os
dispensa de sua parte de utilidade nas obras de criação: as funções que
eles têm a cumprir correspondem à extensão de suas faculdades. Estes
Espíritos são os ministros de Deus; eles regem, sob suas ordens, os
mundos inumeráveis; dirigem do alto os Espíritos e os humanos; estão
ligados entre eles, por um amor sem limites, este ardor se estende sobre
todos os seres que procuram chamar e tornar dignos da suprema
felicidade. Deus irradia sobre eles e lhe transmite as suas ordens; eles
o vêem sem serem oprimidos por sua luz.
Sua forma é etérea, não têm mais nada de palpável; eles falam aos
Espíritos superiores e lhes comunicam a sua ciência; tornaram-se
infalíveis E nas suas fileiras que são escolhidos os anjos guardiães que
descem com bondade seus olhares sobre os mortais, e os recomendam aos
Espíritos superiores que os amaram. Estes escolhemos agentes de sua
direção nos Espíritos da segunda ordem. Os puros Espíritos são iguais; e
não poderia ser de outro modo, uma vez que não são chamados a essa
classe senão depois de atingirem o mais alto grau de perfeição. Há
igualdade, mas não uniformidade, porque Deus não quis que nenhuma de
suas obras fossem idênticas. Os Espíritos puros
conservam a sua personalidade, que somente adquiriram a perfeição
mais completa, no sentido do seu ponto de partida.
Não é permitido dar maiores detalhes sobre esse mundo supremo. |
Allan Kardec - Revista Espírita de outubro de 1860
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